quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

intercâmbio pra quê?!

Esse ano, eu coloquei entre as minhas metas - naquela listinha que todo ano fala que eu vou emagrecer uns dez quilos há uns dez anos - que eu quero fazer uma viagem pro exterior, um intercâmbio cultural a trabalho, especificamente.

De acordo com a tia Wikipedia
intercâmbio é a realização de uma viagem ao exterior com o objetivo de conhecer os costumes, tradições, tecnologias e o idioma de um país estrangeiro, ficando hospedado na casa de uma pessoa nativa (ou não) daquele local. O estudante geralmente não conhece a pessoa com quem vai se hospedar e também não fala o mesmo idioma que ela.

Bonitinho, bonitinho. MAS PRA QUÊ?

Sem pensar nos ganhos profissionais, status, experiência, todas essas coisas que vivem me dizendo mas não necessariamente precisam ser ganhas lá fora, eu queria saber por que, dentre tantas coisas para por na listinha de ano-novo, porque EU quis especialmente ESTA.

Bem, bons motivos para mim foram expandir fronteiras, reduzir preconceitos e viver independentemente. Porque olha, eu não consigo imaginar como um caboverdeano vive só com o que me chega pela televisão, por exemplo. O contato com o pessoal africano (principalmente) intercambista em minha faculdade me deu uma vontade extra de conhecer melhor as diferenças culturais e tudo o mais: assim, eu seria capaz de ver o mundo com meus próprios olhos, e quem sabe, oferecer um tratamento melhor pras pessoas ao meu redor.

Que sonhador. =P

Mas nem só de filosofias utópicas vive o homem. Estabelecidos os motivos gerais, o que eu estava disposta a passar em outro país, longe da minha família? (É, por mais que família às vezes seja uma coisa doida, é ela que é todo o meu suporte...)

É uma reflexão que todas as pessoas que pensam em fazer intercâmbio um dia devem fazer, pois já vi muita gente indo pra outro país sem a menor estrutura, chorando de saudade da mamãe e reduzindo tudo pelo que trabalharam a um mero passeio, sem realmente ralar na boquinha da garrafa porque "era trabalho demais".

Bem, eu acredito que um caboclo pra sair pro mundo afora tem que ser, no mínimo, versátil, sem frescuras e ter um bom instinto de sobrevivência. Porque você pode ficar sem emprego, sem dinheiro, sem comida ou até sem ninguém pra conversar, dependendo do seu grau de responsabilidade e boa-vontade, né?!

E, dependendo disso tudo também, você pode ou não escolher o seu jeito de viajar pra outro país: mochilão, pela escola, a trabalho, por uma agência, num programa de intercâmbio prestabelecido...

Quando fui procurar, achei uma coluna bem bacana sobre razões para se fazer intercâmbio, da psicóloga Andrea Sebben, e alguns tipos de programas de intercâmbio, pra se ter um overview das possibilidades.

Então, importante é parar e pensar antes de escolher um programa de intercâmbio e ver direitinho as razões para embarcar nessa experiência tão mágica.